Motoristas de App sofrem 4 novos ataques e pedem “botão do pânico”

presidente do Sindicato dos motoristas de aplicativo de Mato Grosso (Sindmapp), Solange Menacho, afirmou que quatro motoristas de aplicativo foram alvo de assaltantes desde a última quinta-feira (2) em Cuiabá

 

Segundo ela, o sentimento de insegurança permanece entre os trabalhadores desde a morte violenta dos motoristas Elizeu Rosa Coelho, Nilson Nogueira e Márcio Rogério Carneiro, entre os dias 11 e 13 de abril, em Várzea Grande.

 

Menacho esteve na manhã de segunda-feira (6) na Assembleia Legislativa em busca de apoio para a implementação de medidas de segurança aos motoristas de aplicativos, entre elas a instalação do chamado “Botão do Pânico”.

A cada passageiro que entra no nosso carro, é lamentável, mas estamos totalmente inseguros

 

“A nossa situação é bem caótica. Antes da fatalidade com nossos parceiros tínhamos receio de trabalhar no período da madrugada. Mas o assalto ocorreu às 20h e as 3 tentativas de assalto ocorreram entre às 13h e 14h da tarde. Não podemos dizer que os assaltos estão acontecendo só à noite, porque também estão durante o dia”, afirmou ela ao MidiaNews

 

“Estamos vivendo uma vida de terror a cada passageiro que entra no carro. É lamentável, mas estamos totalmente inseguros”, acrescentou

Solange disse que enquanto não há aplicação de medidas de segurança, os motoristas estão diminuindo a prestação do serviço de mobilidade em Cuiabá e região.

 

“Nós vamos passar a não carregar pedidos realizados por terceiros. Se chegou no carro e não é a pessoa que pediu, não vamos mais deixar embarcar”, explicou.

 

“A gente está se tornando refém de bandidos. É lamentável, mas não tem na testa dos nossos passageiros a palavra ‘assaltante’. Então, a cada viagem vivemos uma sensação de insegurança”, afirmou.

 

Grupos de Whats

 

A gente está se tornando refém desses bandidos

Como uma tentativa de manter a segurança entre as viagens, os motoristas têm atuado em equipe e estabelecido comunicação por meio de mensagens trocadas pelas rede social WhatsApp.

 

“Um dos assaltos foi evitado porque o motorista estava na WhatsApp e pediu para a gente dar uma olhada. Mas o que aconteceria se ele não estivesse? Quantos motoristas não trabalham em grupos de WhatsApp? A chance dele ser assaltado sem estar em um grupo é bem maior”, completou.

 

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