Justiça italiana pede extradição do ex-jogador Robinho

O jogador Robinho foi revelado nas categorias de base do Santos Futebol Clube – onde foi e ainda é ídolo da torcida –, com passagens marcantes por grandes clubes europeus como Real Madrid, Milan e Manchester City. Nos últimos anos, tem protagonizado espaço nas mídias não por causa do talento com a bola, mas pela condenação por crime sexual.

Robinho foi condenado na Itália a nove anos de prisão por violência sexual em grupo, contra uma jovem de 23 anos em uma boate em Milão, em janeiro de 2013. Agora, o Ministério da Justiça italiano pediu oficialmente às autoridades brasileiras a extradição do ex-craque e de seu amigo Ricardo Falco, também acusado. O pedido, entretanto, poderá não ser atendido. É que o artigo 5º da Constituição Brasileira proíbe a extradição de seus cidadãos natos.

Apesar de as leis brasileiras não permitirem sua extradição, Robinho ainda fica proibido de deixar o país. Isso porque a medida tomada pelas autoridades italianas autoriza sua prisão caso ele viaje para qualquer lugar fora do território brasileiro.

Entenda o caso

De acordo com as investigações italianas, Robinho e outros cinco amigos teriam estuprado uma jovem albanesa de 23 anos. Para a prática do crime acontecer, eles embriagaram a moça em uma Boate na cidade de Milão.

Em 2017, o Tribunal de Milão já havia condenado o réu em primeira instância, por violência sexual. Nessa época, Robinho tinha um contrato em vigor com o time italiano, Milan. Em 2020, o Tribunal de Apelação de Milão, ratificou a condenação. Porém, como ainda cabia recurso, o jogador e seu amigo, retornaram ao Brasil e por isso não foram presos.

Em janeiro desse ano, então, a Corte de Cassação da Itália negou os recursos e os dois foram condenados. A corte é o órgão máximo da Justiça Italiana e, por esse motivo, não cabe mais nenhum recurso no processo.

*Cilas Gontijo é estagiário do Jornal Opção em convênio com a UniAraguaia, sob a supervisão do editor PH Mota.



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