Homem que matou os pais em Jaraguá é condenado a 50 anos de prisão

O homem que matou os pais em Jaraguá em outubro de 2017 foi condenado a mais de 50 anos de prisão. A condenação de Marcos Antônio da Silva, de 33 anos, foi conseguida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), em julgamento pelo júri popular realizado nesta quarta-feira, 5. Marcos, que está preso desde 2017, não poderá recorrer da sentença em liberdade e deverá cumprir a pena, inicialmente, em regime fechado.

De acordo com a denúncia oferecida pelo MPGO, Marcos Antônio brigou com o pai, o auxiliar de serviços gerais José Antônio da Silva, por ele ter perguntado onde o filho havia passado a noite. Em meio à discussão, o réu asfixiou a vítima e depois desferiu pedradas nela. A mãe, a merendeira Sirlene Ferreira da Silva, ao tentar intervir na briga entre pai e filho, foi derrubada por Marcos, que bateu a cabeça dela várias vezes contra o chão até matá-la. 

Ao tentar fugir da cidade, o Marcos Antônio da Silva bateu o carro que dirigia na BR-153. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, levado para o Hospital Municipal de Jaraguá, onde recebeu atendimento médico. Na sequência foi transferido para a delegacia e acabou confessando o duplo homicídio.

Presença de agravantes elevou a pena do réu

Ao atuar na acusação, a promotora substituta com atuação na 3ª Promotoria de Justiça de Jaraguá sustentou a prática do crime de homicídio contra o pai, com a inclusão de três qualificadoras (motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima) e, contra a mãe, com quatro qualificadoras (as três acima indicadas e ainda feminicídio).

A defesa, composta por dois advogados, chegou a pedir o afastamento de todas as qualificadoras, mas nenhuma tese foi acolhida pela Justiça. Ao longo do processo, os defensores conseguiram que Marcos Antônio passasse por um exame de insanidade mental, mas em outros dois pedidos da mesma natureza o exame foi negado.

Na dosagem da pena, a juíza Zulailde Viana Oliveira levou em conta a atenuante da confissão do réu, que acabou concorrendo com as agravantes de os crimes terem sido praticados contra os pais (ascendentes), violência contra a mulher e ainda o fato de o assassino viver com as vítimas. Assim, pela morte de José Antônio da Silva, o réu foi condenado a 23 anos e 3 meses de reclusão, e pela morte de Sirlene Ferreira a 27 anos, 1 mês e 15 dias, totalizando 50 anos, 4 meses e 15 dias. 

Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MPGO.



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