Assunto em alta: relembre o caso de “Corumbá”, o serial killer canibal de Goiás

A história de Jeffrey Dahmer virou série da Netflix. Condenado por matar 17 homens e 1 garoto nos anos 1980 e 1990, nos Estados Unidos, ele inspirou a ficção policial Dahmer: Um Canibal Americano, do canal de streaming.

Goiás também tem seu correspondente a Dahmer. É José Vicente Matias, o Corumbá, nascido em Firminópolis, a 120 quilômetros da capital, e que, preso, confessou ter matado seis mulheres entre 1999 e 2005 em supostos rituais.

Durante o julgamento, ele confessou que bebeu o sangue e comeu o cérebro de uma turista alemã que matou na região dos Lençóis Maranhenses. Corumbá era artesão e tinha, na época, 38 anos. Ao todo, ele confessou ter assassinado seis mulheres entre 1999 e 2005 em rituais macabros. Os crimes eram com muita violência, canibalismo e banhos de sangue. De acordo com o criminoso, a mando de um ser sobrenatural: o diabo.

A maioria das vítimas do goiano eram turistas estrangeiros e os assassinatos foram cometidos em locais turísticos, com paisagens paradisíacas. As investigações constataram que as mulheres foram mortas com golpes na cabeça e os corpos foram deixados em locais próximos de água, como córregos e praias.

Corumbá foi diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial, conforme laudo psiquiátrico. Esse distúrbio é caracterizado pelo desprezo por outras pessoas. A doença seria potencializada com o uso de drogas alucinógenas, como chá de cogumelo. Ele foi preso na noite de março de 2005 em Bragança, no Pará, depois de denúncia anônima. Ao todo, as condenações somaram 69 anos. Mas, ainda há processos tramitando na Justiça do Maranhão e Minas Gerais.

Jeffrey Dahmer

Jeffrey Dahmer: 18 assassinatos

O americano Jeffrey Dahmer foi condenado 16 vezes à pena de prisão perpétua. Em novembro de 1994, um colega de prisão, da Instituição Correcional de Columbia em Portage, Wisconsin Christopher Scarver, o espancou até a morte.

De acordo com a Justiça estadunidense, Dahmer cometeu o primeiro crime em 1978. A vítima era Steven Mark Hicks, um jovem de 18 anos, que estava pedindo carona, quando Jeffrey o convidou para tomar algumas cervejas em casa. No local, estrangulou o rapaz, despiu-o, masturbou-se, dissecou o corpo e enterrou os restos mortais em uma cova rasa no próprio quintal. Mais tarde, ele desenterrou o corpo para poder dissolvê-lo em ácido e esmagar e espalhar os ossos.

Meses depois, o criminoso ingressou no Exército Americano por alguns anos. Em 1981, ele saiu da força militar e voltou a Milwaukee, quando começou a frequentar banheiros públicos gays onde sedava homens e os agredia. Período que cometeu o segundo crime, quando levou um homem para um hotel e o matou.

Antes da condenação e ser declarado serial killer, Jeffrey Dahmer chegou a ser preso. A prisão de detenção aconteceu por ter apalpado uma criança. No entanto, as autoridades americanas só descobriram a longa ficha criminosa em 1991, quando uma das vítimas, Tracy Edwards, escapou correndo pelas Milwaukee com um par de algemas penduradas em um pulso e disse à polícia que Dahmer estava tentando matá-lo. Ao chegar no apartamento, a polícia encontrou partes do corpo e cabeças decepadas em sua geladeira, freezer e chaleira.

Dahmer foi diagnosticado com transtorno de personalidade limítrofe, transtorno de personalidade esquizotípica e transtorno psicótico. Condenado, foi para um presídio de segurança máxima, em Columbia, no Estado de Wisconsin (EUA), onde foi espancado até a morte por outro detento em novembro de 1994.



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