Agência Brasil Central repudia posicionamento de Mauro Rubem e acusa vereador de ‘fake news’
A equipe de comunicação da Agência Brasil Central se posicionou para rebater informações enviadas pelo vereador Mauro Rubem (PT) à imprensa goiana, por meio de sua assessoria. Segundo a Agência, Rubem enviou material contendo ataque ao jornalismo da equipe, por meio de mentiras.
Em comunicado enviado à imprensa, Mauro Rubem afirmou denunciou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) crime eleitoral praticado pela TV Brasil Central (TBC), nos programas Boa Noite, Goiás, apresentado por Paulo Beringhs, e TBC Debate, comandado por Rafael Vasconcelos, além do quadro Debate Jornal Brasil Central, também de responsabilidade de Rafael Vasconcelos.
Segundo o vereador, a emissora estaria forjando o formato de debate para criar espaço de difusão de manifestações políticas favoráveis à reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Rubem ainda diz que os programas apresentam pesquisas de intenção de voto falsas, que poderiam enganar eleitores indecisos.
Na denúncia, Rubem pede ao TRE e ao Ministério Público que investiguem a possibilidade de uso indevido dos meios de comunicação e a prática de crimes eleitorais por entrevistados e apresentadores. O vereador solicita também aplicação de multa à Agência Brasil Central (ABC), responsável pela emissora TBC, e a retirada dos programas do YouTube e de outros canais em que tenham sido reproduzidos. “É preciso garantir a lisura do processo eleitoral em curso”, defende o vereador. “Empresas de rádio e televisão são concessões públicas e estão sujeitas a uma série de restrições, por força da legislação eleitoral”.
Repúdio
Segundo a Brasil Central, o vereador afirma que debates são forjados e, com isso, ataca o trabalho não só da Agência Brasil Central, mas de todos os jornalistas do Estado. “O vereador mente de maneira irresponsável ao dizer que a Brasil Central divulgou pesquisa falsa. Desafiamos o parlamentar a apresentar provas do que ele disse”, diz a representação da Agência, destacando que é preciso considerar que a liberdade de expressão é um direito constitucional inegociável.
O vereador também é acusado de mentir ao dizer que pesquisas foram compradas. Nesse sentido, a Brasil Central esclarece que pontuou em um de seus debates que institutos erraram suas previsões além da margem de erro, o que classificam como “um fato concreto”.
A equipe também se posicionou sobre entrevista com o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil). Na acusação de Rubem, a Brasil Central estaria incitando violência ao dar espaço para o deputado, que chegou a declarar que iria armado para as ruas e estaria preparado para uma “guerra civil” em eventual vitória de Lula. Para a Agência, no entanto, “o parlamentar prestou esclarecimentos e foi questionado a respeito de sua fala polêmica, fato foi repercutido pelos principais veículos de comunicação do Brasil.”
Por fim, a Brasil Central afirma que “não vai aceitar nenhum tipo de intimidação e tentativa de censurar nossos jornalistas” e lamenta que o vereador tenha proferido os ataques. Além disso, a Agência destacou estranhamento por Rubem não ter denunciado o trabalho da equipe há 5 anos, quando a estrutura física da Agência estava sucateada. Hoje, ao invés de apenas um estúdio em funcionamento, a Brasil Central conta com dez.