PRF faz operação priorizando transporte de passageiros e descumpre decisão de Moraes
A Polícia Rodoviária Federal descumpriu ao longo do domingo, 30, de eleição uma decisão do ministro Alexandre de Moraes e tem feito abordagens em transportes públicos. Segundo reportagem da Folha de SP, números da PRF apontam que o órgão já tinha realizado 514 ações de fiscalização contra ônibus até 12h35 deste domingo.
O número de abordagens no segundo turno já é 70% maior do que o que foi registrado na primeira etapa do pleito, no dia 2 de outubro —não é possível estimar se essas abordagens ocorrem antes ou depois da votação desses passageiros.
O presidente do TSE voltou a cobrar, com urgência, o diretor-geral da PRF no final da manhã. Com base em denúncia nas redes sociais, Moraes mandou ele informar “imediatamente” as razões das operações relacionadas ao transporte público de eleitores.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tome providências sobre o suposto uso político da Polícia Rodoviária Federal para favorecer a campanha bolsonarista.
Ontem, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, pediu explicações da corporação sobre as acusações. Moraes também proibiu operações da PRF “relacionadas ao transporte público, gratuito ou não, disponibilizado aos eleitores” e deixou expresso que o descumprimento da decisão poderia gerar a responsabilização do diretor-geral da corporação por desobediência e crime eleitoral.
Em ofício assinado na madrugada, Vasques determinou que a decisão fosse cumprida e reafirmou o “compromisso da PRF com o fortalecimento da segurança Pública Nacional, quer seja na proteção das vidas, na preservação dos patrimônios públicos e privados e na garantia da mobilidade nas rodovias e estradas federais e nas demais áreas de interesse da União”.