Trio é preso por manter motoristas presos em motéis durante roubos de carga em Aparecida de Goiânia
Três pessoas foram presas nesta terça-feira, 13, suspeitas de roubar uma carga no último dia 10, no Polo Industrial de Aparecida de Goiânia, após se passarem por empresários a fim de atrair a vítima. O trio também é investigado por cometer outros seis roubos.
Samara Luana Santos Pires, de 18 anos, João Paulo Silva Machado, de 26 anos, e Carlos Rangel Alves da Silva, de 27 anos, que são naturais de Anápolis, utilizavam plataformas de fretes para fazer anúncios de contratação de serviços de motoristas para o transporte de mercadorias.
Os suspeitos sempre marcavam os encontros na terça ou sexta-feira, em horário com menor número de pessoas no ponto de encontro para que pudessem realizar os assaltos sem que fossem vistos.
Além de roubarem as cargas, os criminosos também levaram pertences e o veículo dos motoristas. Durante o roubo, Samara levava as vítimas para motéis da região de Aparecida de Goiânia, onde os mantinha em cárcere privado por mais de 12 horas.
“O caminhão parava e eles pegavam o motorista e colocavam dentro do carro. Ai eu ia lá pegar a chave do caminhão e guardar lá. O último roubo foi de noite. Ele me deu R$ 2 mil, fiz até o aniversário da minha filha com o dinheiro. Eles vão me matar. O mandante é lá do Paraguai”, afirmou Samara em um vídeo gravado pela Polícia Militar (PM), responsável pela prisão.
Crimes
Os motoristas, acreditando na história de que seriam contratados, se dirijam até os supostos endereços de embarque. Porém, chegando ao local, eles eram abordados pelos investigados. Os policiais abordaram os suspeitos do Polo Industrial da cidade no momento em que iam praticar outro roubo.
Durante busca pessoal e veicular, foram localizados poto munições cal. 9 mm e também um simulacro de pistola. Os envolvidos confessaram o crime e disseram também que, após anunciar o assalto, costumavam manter o motorista em cárcere privado em um motel, até que o caminhão e a carga fossem entregues em Mato Grosso do Sul.
“Fiquei com a vítima no motel durante cinco horas. Ninguém colocou a mão nela não. Ontem não deu certo porque a viatura estava aqui perto. O menino falou que tinha rodado”, explicou João Paulo.
Passagens
Essa, inclusive, não foi a primeira prisão de João Paulo, que era um dos responsáveis por abordar os caminhoneiros. Ele já possui três passagens, sendo uma por aliciação de menores e duas por tráfico de drogas.
Agora, assim como João Paulo, os outros dois suspeitos devem responder por roubo majorado pelo emprego de arma de fogo, concurso de pessoas, restrição da liberdade da vítima e associação criminosa em concurso material.