O governo de Ronaldo Caiado é responsável no geral, e não apenas na questão fiscal

No Brasil, portanto não apenas em Goiás, prevalece a prática de um governante, quando deixa a gestão, contribuir para travar o governo do sucessor, deixando dívidas e a máquina administrativa desajustada. Às vezes, isto ocorre por incompetência; outras, por malevolência mesmo.

Quanto ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) — um liberal que também leu Max Weber —, pode-se sugerir que a ética da responsabilidade que rege seus passos é a dos estadistas, como Franklin Delano Roosevelt, Winston Churchill e Juscelino Kubitschek.

Quando se fala em responsabilidade, associando-a ao nome de Ronaldo Caiado, é preciso não acoplar apenas um tema à palavra-chave.

Diz-se, na imprensa, que o grande trunfo de seu governo foi a responsabilidade fiscal. Não há a menor dúvida de que a negociação da dívida do governo e a organização das contas em geral, um case de sucesso nacional — que certamente está sendo examinado com lupa por economistas do país —, foi crucial para o governo ser bem-sucedido.

No Brasil, quando se faz ajustes duros, os primeiros sacrificados são o povão e os funcionários públicos. Pois em Goiás, com um governador liberal, deu-se o oposto. No momento em que se ajustava a máquina, em busca de capacidade de investimento, o governo ampliava seus programas sociais, com o objetivo de reduzir as desigualdades, e também atendia, na medida do possível, os servidores.

Então, sim, deve-se falar em responsabilidade fiscal. Mas não apenas nisto. Porque o governo foi e é responsável no geral. Pode-se falar em responsabilidade fiscal, administrativa, política e humanística.

O governo anterior atrasou os salários dos servidores. O atual paga em dia, ou melhor, antecipadamente. Os servidores podem fazer seus compromissos porque sabem que terá como quitá-los.

Fornecedores não recebiam em dia, e muitos chegavam a quebrar. Hoje, recebem em dia (compromissos cumpridos são uma regra, não exceção, no governo). E detalhe: não há propina. Na questão das obras, o que se diz, entre técnicos, é que sua qualidade melhorou, e o custo caiu. Mais uma vez: não há propina. O dinheiro público é tratado com seriedade. Weber diria: é a ética da responsabilidade. Foram 4 bilhões de investimentos (e há mais 10 bilhões para serem investidos).

Gestões anteriores contornavam os precatórios. O governo de Ronaldo Caiado paga, seguindo os ditames da lei. Em 2023, se a economia nacional estiver ajustada (o economista americano Nouriel Roubini está prevendo uma crise gigante, que afetará drasticamente Estados Unidos e Europa; por consequência, o Brasil), o governo goiano planeja zerar os precatórios, o que será um feito histórico.

O governo anterior vendeu a Celg e o dinheiro virou pó. Pois o governo de Ronaldo vendeu a Celg Transmissão S.A (Celg T) e o dinheiro foi aplicado no fundo de previdência dos servidores — o que é recomendado pelos economistas e gestores sérios do país.

Veja-se o caso da segurança, uma outra faceta da responsabilidade, que tem de ser global. O crime organizado estava se enraizando em Goiás, por falta de combate planejado e rigoroso. Hoje, as cidades de Goiás, como Goiânia e Luziânia, no Entorno de Brasília, estão bem mais seguras. A criminalidade recuou. Ou seja, a qualidade de vida das pessoas (que podem sair tranquilas às ruas) melhorou. A polícia é mais firme, mas, sobretudo, adotou práticas científicas, de Inteligência, para “localizar” os criminosos e combatê-los de maneira mais eficaz e, inclusive, mais segura.

Outro exemplo de responsabilidade: na fase aguda da pandemia do novo coronavírus, com pessoas morrendo por causa da Covid-19, o governo Caiado agiu rápido, reorganizou o sistema de saúde e o tornou mais eficiente. E, acrescente-se, a gestão estadual, longe de desmontar o sistema, está reforçando-o, em todo o Estado, para melhorar e qualificar o atendimento aos cidadãos.

A pandemia da Covid-19 às vezes é vista tão-somente como um problema de saúde. Mas há também as questões sociais, pois a pandemia empobreceu ainda mais quem já era pobre — muitos se tornaram miseráveis, como estão mostrando algumas pesquisas.

O governo de Ronaldo Caiado ampliou a rede de proteção social, inclusive pagando aluguel para centenas de pessoas pobres. Nas escolas, alunos do ensino médio recebem 100 reais por mês e, em todas as escolas, receberam material escolar completo e, por intermédio do chromebooks, acelerou-se a inclusão digital. A reformulação do ensino público, que chegou a colocar Goiás com a melhor educação do país, de acordo com o Ideb, é outro case a ser examinado.

Então, é necessário também falar em responsabilidade social.

Visto pelo ângulo da responsabilidade fiscal, do ajuste que foi feito, o governo de Ronaldo Caiado é, mesmo, um sucesso. Porém, se forem examinados vários ângulos, se verá que a responsabilidade deve ser vista de maneira global. Aí o governo é, de fato, um grande sucesso.(Euler de França Belém)



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