Caiu no golpe do Pix? Saiba o que fazer e como se proteger
Desde segunda-feira, 2, o Pix passou a ter novas regras. Entre elas estão: atualizações na transferência do limite diário e no de saque e troco. Desde que começou a valer no Brasil, em 2020, a modalidade de transferências bancárias se tornou alvo do interesse de criminosos. Até junho do ano passado, estima-se que foram bloqueadas mais de 424 mil tentativas de golpe, segundo a empresa de segurança on-line Psafe.
Boa parte do golpe do Pix começa pelo phishing. A técnica consiste em induzir as vítimas (por mensagens de texto, email, por exemplo) a clicar em links maliciosos. A partir disso, os cibercriminosos podem roubar dados pessoais, perfis em redes sociais e/ou instalar um programa malware com o mesmo objetivo.
Em 2022, ficou comum o golpe de invasão de contas em redes sociais. Nesse caso, o criminoso se passa pela pessoa e começa a pedir transferência de dinheiro via Pix a partir da falsa venda de produtos. Assim, além da primeira vítima, que teve seu dispositivo invadido, os golpistas conseguem fazer outras e ganhar dinheiro em cima.
Mas como agir quando for vítima de golpe no Pix?
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em caso de golpe aplicado pelo smartphone, o cliente deve notificar imediatamente o banco para que medidas adicionais de segurança sejam adotadas, como o bloqueio do aplicativo da instituição financeira e da senha de acesso.
Se o celular for furtado ou roubado, é preciso avisar a operadora de telefonia para bloquear, também, a linha telefônica. Um boletim de ocorrência também deve ser registrado para “dar visibilidade ao crime, ajudar nas investigações policias, permitindo, posteriormente, a identificação e as prisões de quadrilhas de criminosos”.
De acordo com a Febraban, “os bancos mantêm uma estreita parceria com governos, polícias (Civil, Militar e Federal) e com o Poder Judiciário no combate à criminalidade, propondo novos padrões de proteção, fornecendo dados e informações que permitem às autoridades agirem na identificação dos responsáveis pelos crimes através do uso de transações bancárias”.
Como se proteger
O site Serasa alerta os consumidores sobre o golpe do Pix. Para se proteger, evite fornecer para desconhecidos chaves do Pix que sejam o CPF ou dados pessoais. “Caso seja necessário, opte por informar uma chave aleatória”.
Recebeu uma mensagem de conhecido pedindo Pix? Desconfie. “Entre em contato pessoalmente ou por telefone para garantir que a pessoa não teve a conta roubada. Confirmar a identidade é sempre a melhor saída. Não use o modo de ligação do WhatsApp, que pode ser burlado pelo criminoso”.
Outra dica do Serasa é ocultar sua foto do WhatsApp para que apenas seus contatos a vejam. Vá nas configurações do aplicativo, selecione “conta” e depois “privacidade”. Em “foto do perfil”, selecione a opção “meus contatos”.
Por fim, o Serasa alerta para que os consumidores monitorem sempre que possível as suas contas bancárias. “Se identificar alguma movimentação suspeita, entre em contato imediatamente com o banco”.