Se comprovar, jogadores devem ser banidos, diz técnico do Cuiabá
O novo técnico do Cuiabá, António Oliveira, afirmou que os jogadores acusados de um suposto esquema de manipulação em jogos no ano passado devem ser punidos e banidos do futebol brasileiro, caso se comprove o crime.
A declaração se refere a duas ações que correm na Justiça de Goiás por suposta manipulação em partidas de futebol, entre jogos da Série A do Brasileiro 2022 e campeonatos estaduais deste ano, para se beneficiar financeiramente em grupos de apostas.
Um desses jogadores é Igor Cariús, ex-lateral do Cuiabá, que está no Sport de Pernambuco. O outro é o lateral-direito do Cuiabá, Mateus da Silva Duarte, o Mateusinho.
O técnico, que voltou essa semana para o time mato-grossense, apontou que as atitudes atribuídas aos jogadores desvirtua “a verdade desportiva”.
“Não sou juiz, mas há indícios e é preciso provar. Nesse momento, é condenável qualquer atitude desta, porque desvirtua a verdade desportiva. Até que provem o contrário, são inocentes”, disse em entrevista a imprensa nesta quarta-feira (17).
Caso confirmada as acusações, devem punir e banir rapidamente do futebol quem não defendeu a verdade desportiva
“Mas caso confirmada as acusações, devem punir e banir rapidamente do futebol quem não defendeu a verdade desportiva, para que possamos andar todos de forma consciente e honesta”, acrescentou.
A suposta manipulação de jogos de futebol foi investigada no âmbito da primeira e segunda fase da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás em fevereiro e abril, respectivamente.
Na primeira fase, Cariús e outras 15 pessoas se tornaram réus por decisão do Tribunal de Justiça goiano e vão responder pelos crimes de organização criminosa e manipulação de resultados.
São eles: Eduardo Bauermann, zagueiro do Santos; Gabriel Tota, meia do Juventude em 2022, emprestado ao Ypiranga; Victor Ramos, zagueiro da Chapecoense; Igor Cariús, lateral-esquerdo do Cuiabá em 2022, atualmente no Sport; Paulo Miranda, zagueiro do Juventude em 2022, que estava no Náutico; Fernando Neto, meia que era do Operário-PR, mas agora no São Bernardo; Matheus Gomes, goleiro do Sergipe; Bruno Lopez, o BL, considerado líder do esquema; Ícaro Fernando Calixto; Luís Felipe Rodrigues de Castro e Victor Yamasaki Fernandes (jogador que intermediava contatos); Zildo Peixoto Neto; Thiago Chambó Andrade; Romário Hugo dos Santos, o Romarinho; William de Oliveira Souza, o Mclaren; e Pedro Gama dos Santos Junior.
Já na segunda fase da operação, está Mateusinho e outras 13 pessoas, que responderão pelos mesmos crimes do outro grupo.
São eles: Romário (ex-Vila Nova) e Joseph (Tombense), além de Bruno Lopez de Moura (vulgo BL), Camila Silva da Motta, Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Allan Godoi dos Santos, André Luís Guimarães Siqueira Júnior (André Queixo), Paulo Sérgio Marques Corrêa, Ygor de Oliveira Ferreira (Ygor Catatau) e Gabriel Domingos de Moura.
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