Policiais mortos em naufrágio estavam sem colete salva-vidas, revela comandante
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alexandre Corrêa Mendes, afirmou que as vidas dos policiais Jaderson Nunes Teixeira e Helidiony Barbosa da Silva não seriam salvas se eles estivessem com câmeras no fardamento. Mendes também declarou que somente os coletes salva-vidas poderiam evitado as mortes, mas eles não estavam usando quando perderam suas vidas na última sexta-feira, 2 de março, no Rio das Mortes, próximo ao município de Novo Santo Antônio.
A declaração de Mendes foi dada nesta segunda-feira, 4, durante coletiva de imprensa realizada no Palácio Paiaguás. Mendes havia sido questionado se a câmera no fardamento poderia auxiliar na investigação sobre o acidente e se, depois do episódio, ainda havia resistência no governo para o uso do equipamento.
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“Nesse caso, ambos os servidores teriam que estar com o colete salva-vidas. Aí iria salvar a vida deles. Câmera não ia salvar a vida de ninguém”, asseverou.
Conforme divulgado pela reportagem nos momentos após o acidente, os policiais não estavam usando coletes salva-vidas. Eles estavam vestindo coletes à prova de bala, equipamentos que podem pesar dois quilos.
No dia da tragédia, os policiais estavam prestando apoio a um agente da Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema) na fiscalização dos rios contra a pesca predatória e outros crimes ambientais. O agente da Sema conseguiu nadar até a margem e sobreviveu.
O apoio da Polícia Militar aos agentes da Sema virou lei após a sanção de Mauro Mendes. Nas palavras do coronel Mendes, os apoios devem continuar ocorrendo, apesar dessa fatalidade.
Outro ponto revelado pelo comandante é que o vídeo no qual os policiais aparecem percorrendo o rio sob chuva não foi do dia do acidente. A imagem foi retirada das redes sociais do 2° Sgt PM Helidiony, que costumava registrar suas patrulhas e postá-las nas redes sociais. Segundo o coronel, nem estava chovendo no dia do desaparecimento. Clique aqui para relembrar o caso