TJ-MT compra detectores de metal para aumentar segurança em fóruns após agressões a juízes

G1 MT

Um total de 209 detectores de metal portáteis foram comprados pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) para aumentar a segurança nas comarcas do estado e proteger. A compra foi feita emergencialmente depois de dois juízes serem agredidos e um ser baleado em fóruns do estado.

Conforme o Poder Judiciário, as Comarcas de Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Primavera do Leste, Sorriso e Tangará da Serra recebe-rão quatro equipamentos cada. A distribuição dos equipamentos tem como base um es-tudo da demanda de segurança dos fóruns.

A medida tem como objetivo aumentar a segurança patrimonial e garantir a integridade física dos magistrados, servidores e dos visitantes que frequentam os fóruns.

Os detectores estão passando pela fase de checagem e devem ser enviados às comarcas gradativamente a partir das próximas semanas.

Neste ano, no intervalo de dois meses, dois juízes de comarcas diferentes de Mato Grosso foram vítimas de agressão no exercício da profissão.

No início do mês de outubro, o juiz Carlos Eduardo de Moraes Filho foi baleado dentro do Fórum de Vila Rica, a 1.276 km de Cuiabá, durante uma audiência de custódia, por um homem acusado de homicídio. O homem entrou no fórum, foi ao gabinete do magistrado armado com um revólver calibre 22 e ambos entraram em luta corporal, até que ele atirou, acertando o ombro esquerdo do magistrado.

Em outro caso, um advogado invadiu o Fórum de Paranatinga, a 411 km de Cuiabá, e agrediu o juiz Jorge Hassib Ibrahim, de 38 anos, com socos no rosto. A agressão foi registrada no dia 27 de setembro.

Em setembro, um homem condenado por homicídio arremessou uma garrafa d’água no juiz Bruno César Singulani França e ameaçou o juiz Bruno César Singulani França, que presidia o Tribunal do Júri, em que o réu era julgado.

Desde 2017, o TJ havia criado um procedimento interno que incluía algumas medidas de segurança.

O presidente do Tribunal de Justiça, Rui Ramos, explicou que a utilização dos detectores serve para acelerar o processo de segurança.

“Nós adquirimos mais de 200 detectores que serão entregues no ano que vem. Nossa preocupação é com a segurança de todas as comarcas”, disse.

Em Cuiabá, os detectores de metais são utilizados apenas nas audiências de custódia ou quando o visitante apresenta nervosismo ao entrar no fórum, segundo o coronel da Polícia Militar, Rhaygino Setúbal.

“Temos uma série de equipamentos de segurança e uma catraca, além câmeras e um botão de pânico”, contou.

O monitoramento dos visitantes é realizado através de câmeras de segurança. Um cofre para guardar os pertences, será instalado antes da entrada, caso o alarme do detector de metais seja disparado, o visitante terá que mostrar os objetos aos policiais e passar por uma nova inspeção.