Polícia Civil vai investigar agressão em colação de grau

A 3º Delegacia de Polícia Civil, no bairro Coxipó, vai instaurar um inquérito para investigar o caso de uma formanda de 31 anos que foi atingida com tinta óleo automotiva, momentos antes de entrar para sua cerimônia de colação de grau, na noite de terça-feira (26), em Cuiabá.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o Boletim de Ocorrência (BO) registrado pelos familiares da vítima já foi encaminhado para a Delegacia e será distribuído para um delegado da unidade.

Com os autos nas mãos, o delegado deve intimar as testemunhas do fato para prestar depoimento e liderar uma equipe policial para identificar e encontrar a agressora.

Imagens do imagens do circuito interno de segurança do hotel também devem ser solicitadas para auxiliar na identificação da suspeita.

No entanto, conforme a Polícia Civil, por ser um crime considerado de menor relevância, ao final do inquérito, a suspeita provavelmente só deverá assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

O TCO é um registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo, ou seja, aplicado em crimes de menor relevância, que tenham a pena máxima aplicada em até dois anos de cerceamento de liberdade ou multa.

A reportagem tentou contato com a vítima, C.L.C, na tarde desta quarta-feira (26).

Ela disse que já recebeu alta, passa bem, mas não quer falar sobre o assunto.

Entenda o caso

A vítima cursou Administração na Universidade de Cuiabá (Unic) e pegaria o diploma de conclusão do ensino superior.

A cerimônia de colação de grau estava sendo realizada no auditório Hotel Fazenda Mato Grosso, localizado no bairro Coophema, na Capital.

Enquanto a universitária aguardava para colar grau, vestida de beca, uma mulher, ainda não identificada, aproximou-se da vítima e jogou aproximadamente 500 ml de tinta em seu rosto.

Segundo informações, C.L.C. sofreu queimaduras no rosto, no couro cabeludo e nos cílios. Após jogar a tinta contra a formanda, a mulher teria fugido do local.

Ela foi encaminhada para a Policlínica do Coxipó.

Médicos plantonistas relataram que a estudante estava coberta de tinta por todo o rosto, cabelo e dentro da boca.

O produto chegou a atingir os olhos e um dos ouvidos de C.L.C. e os médicos utilizaram óleo de banana para retirar a tinta do corpo.