MT deve gastar mais de R$ 1 milhão com novas tornozeleiras
Folhamax
O governo anunciou nesta quinta-feira (21) que abriu licitação para adquirir seis mil novas tornozeleiras de monitoramento eletrônico para o sistema penitenciário de Mato Grosso. Cada aparelho deve custar R$ 214. Ao todo, as tornozeleiras devem custar um montante de mais de R$ 1,2 milhão. No estado, 2.440 pessoas usam o aparelho de monitoramento. No ranking nacional, Mato Grosso é o segundo estado com maior número de pessoas monitoradas pelo equipamento.
Segundo o governo, os aparelhos devem ser usados conforme a demanda no sistema penitenciário. Além da aquisição das novas tornozeleiras, um plano de cooperação com o objetivo de melhorar a fiscalização dos presos monitorados foi divulgado nesta quinta. A partir da próxima segunda-feira (25), duzentos servidores devem começar a receber capacitação para reforçar o monitoramento.
Isso porque, segundo o governo, de sete a dez por cento dos reeducandos monitorados voltam a cometer crimes. Em abril, um sargento da Polícia Militar foi morto a tiros em Cuiabá. Um dos assassinos tinha quebrado a tornozeleira que usava.
“O preso sabe que depois que está com o equipamento não tem fiscalização. Ele pode quebrar, bloquear o sinal do monitoramento e voltar a cometer crimes”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários (Sindspen-MT), João Batista.
O sistema de monitoramento no estado foi adotado em 2014 como alternativa à falta de vagas no regime semiaberto. Atualmente, 20 servidores se revezam na central de monitoramento que funciona 24 horas por dia. Quatro funcionários trabalham na central. São dois para observar os monitores e outros dois para ligar para o preso, caso alguma regra seja descumprida.
“Falta viatura e pessoal para coibir os presos reincidentes. Desse modo, poderíamos fazer visitas esporádicas e verificar se as medidas estão sendo cumpridas”, declarou João Batista.
O governo estima que nos últimos 15 meses, foram economizados mais de R$ 5 milhões com o uso das tornozeleiras eletrônicos. O número se baseia no custo para se manter uma pessoa presa.