Homem mata desafeto e mente sobre confusão para a Polícia

Carlos Alexandre Zaniboni, de 37 anos, preso pela morte de Charles Assis da Costa, de 31 anos, mentiu em seu depoimento onde disse que uma briga entre os dois antecedeu ao disparo feito por Carlos na cabeça de Charles. A mentira ainda foi corroborada pelo pai do assassino, que mesmo estando bebendo tranquilamente com a vítima, contou que havia tido uma confusão entre os dois.

Em uma coletiva de imprensa, o delegado Ronaldo Binoti Filho, explicou que Cláudio contou a mesma mentira aos jornalistas que o abordaram na frente da delegacia no dia do crime. Claudio declarou que havia brigado com Charles por ter medo do que ele faria contra o seu pai.

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Na versão do assassino, os dois estariam tendo desavenças ao longo de quinze anos devido à compra de uma carroça que não foi paga. O crime foi registrado no último dia 2 de março deste ano.

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“No dia dos fatos, o Charles, o dono da oficina e outras pessoas estavam fazendo uso de bebida alcoólica no local, estavam em uma confraternização, inclusive com o pai do Cláudio no local. Não houve nenhum desentendimento naquele dia, não houve briga, conforme relatado pelo Cláudio. O clima era harmônico e depois de um certo momento, quando o Cláudio descobriu que o Charles estava lá naquela confraternização, ele saiu de casa e já foi imediatamente ao local”, contou o delegado.

Ao chegar no local, Claudio atacou Charles repentinamente e abriu fogo logo em seguida. Tudo teria ocorrido em menos de um minuto.
“Ali, coisa de 30, 40 segundos, ele já chegou, já deu um golpe, já deu um soco na boca do Charles, derrubou o Charles no chão e, sem qualquer explicação, quando o Charles estava se levantando, ele efetuou o disparo de arma de fogo que atingiu a cabeça da vítima e, três dias depois, ele levou a vítima a óbito”, declarou.

Após o crime, Claudio foi à delegacia, onde contou sua versão fraudulenta dos fatos. Após ser liberado, fugiu do município, sendo preso dias depois no município de Cacoal, em Rondônia.

“Não houve motivação adequada para efetuar o disparo, não há situação de legítima defesa. Isso trata-se de uma história inventada tanto pelo Cláudio quanto pelo pai dele, Sr. Antônio, que também mentiu aqui na delegacia. Ele só não foi preso aqui por falso testemunho por ser pai do suspeito.”

No fim, Cláudio foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e por porte ilegal de arma de fogo. No momento da prisão, Cláudio manteve sua versão dos fatos e só não foi ouvido novamente porque várias testemunhas já haviam sido ouvidas.

“Foram ouvidos mais de 5 testemunhas e 5 testemunhas que falam todas elas no mesmo sentido, então a narrativa dele foi cabalmente derrubada e também teve auxílio da câmera de vídeo monitoramento de dentro da borracharia, que flagrou toda a ação”, disse o delegado.

Estadão Mato Grosso