Maysa “detona” Abílio por votar pela liberdade de mandante do assassinato de Marielle

A vereadora Maysa Leão (Republicanos) criticou os deputados federais de Mato Grosso que votaram pela liberdade do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso pela Polícia Federal sob acusação de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Adriano Gomes. Em discurso na Câmara nesta quinta-feira, 11 de abril, ela afirmou que Cuiabá corre perigo caso Abílio Brunini, um dos deputados que votou favorável, seja eleito prefeito.

Da bancada mato-grossense, Abílio Brunini, Amália Barros, Coronel Fernanda e José Medeiros (todos do PL), além do Coronel Assis (União), votaram pela liberdade de Brazão.

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“Simplesmente um absurdo Mato Grosso se posicionar pela soltura de um deputado envolvido com milícia, envolvido com um crime tão grave, um crime que fere a nós políticos. […]. A vida de Marielle foi ceifada por interesses políticos e, hoje, o que a gente vê? Parte da bancada votou para soltar esse homem. Lugar de pessoa envolvida com milícias e com crime, com homicídio, não é no parlamento”, disparou a vereadora.

Maysa também criticou a narrativa usada pelos deputados de direita, que costumam dizer que “bandido bom é bandido morto”. Segundo a vereadora, o voto dos deputados mato-grossenses mostra que a afirmação só vale “se o bandido não for amigo”.

“É uma vergonha ter visto os deputados votarem dessa forma e tentando justificar. Não é de narrativa que o povo precisa. O povo precisa de políticas públicas. Você acha que esse discurso de bandido bom é bandido preso, esse tipo de coisa? Bandido bom é bandido morto, desde que não seja da minha turma, foi o recado que eles deram”, criticou.

Maysa ainda afirmou que “Cuiabá está correndo perigo” nas eleições deste ano, pois um dos deputados que votou pela liberdade de Brazão é Abílio Brunini, pré-candidato a prefeito pelo PL. Segundo ela, o recado passado por Abílio com seu voto é de que “o feminicídio compensa”.

“O eleitor, em ano eleitoral, pode analisar isso? Eu já digo aqui no meu posicionamento, que tem sido esse há um bom tempo. Imagine se o deputado federal Abilio Brunini se torna o prefeito de Cuiabá, aqui estaremos expostos. Então, a gente precisa ver que há uma incongruência, excesso de narrativa e falta de política pública e coerência. Esse é o perigo que Cuiabá está correndo. A gente o elegeu para criar leis para nos defender. Como que é o recado que ele mandou para as mulheres? O recado é que o feminicídio compensa?”, questionou ela.



Estadão MT