VÍDEO: Palestra de mulher trans em escola de MT acende fúria de conservadores

 

Uma mulher trans está sendo alvo de críticas por parte de políticos conservadores, após ministrar palestra em uma escola municipal de Várzea Grande, na qual pede para que as crianças “entendam que as pessoas são diferentes, possuem gostos diferentes e maneiras de ser diferentes”. Entre os políticos que repudiaram as declarações da mulher trans está a deputada federal Amália Barros e o deputado estadual Elizeu Nascimento, ambos PL.

“Absurdo, estão querendo de todas as formas doutrinar as crianças nas escolas. Isso ocorreu em uma escola de ensino infantil do 5º do ensino fundamental. Eu como deputada não irei permitir e entrei com um requerimento de moção de repúdio na Comissão de Educação”, diz Amália.

– FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

– FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

Na palestra, a mulher trans tratou de temas como o preconceito e a zombaria contra a comunidade LGBTQIAPN+. Ela diz ainda que transfobia e homofobia é crime e os pais das crianças podem ser penalizadas com prisão de 1 a 5 anos.

” A gente precisa entender que existem meninas e meninos e que isso pode ser [inaudivél]. Eu sou do sexo masculino. Porém, quando eu cresci eu não me identificava como menino. E se as pessoas não respeitarem, eu vou sofrer e vão me xingar. Então, é preconceito. Se o menino gosta de outro menino ou a menina gosta de outra menina, isso não é problema seu, só importa a ele mesmo ou a ela mesma”, expllicou.

“Vamos aprender que as pessoas são diferentes, possuem gostos diferentes, maneiras de ser diferentes. Meninos que usam vestidos e que falam como mulheres não podem ser motivo de piadas. Eu me identifico como menina e sou uma mulher trans. Não importa se você aceita ou não, você tem que respeitar. Quem pratica homofobia ou transfobia pode ser punido. Os pais de vocês podem ser punidos, com prisão de 1 a 5 anos”, comentou.

O deputado Elizeu Nascimento chamou o caso de “aberração” e insinuou que se trata de uma ‘doutrinação ideológica’ da esquerda.

“A mesma esquerda que é contra colégios militares coloca profissionais da educação para doutrinar crianças sobre homossexualidade”, comentou nas redes sociais.

VEJA VÍDEO: 

Estadão Mato Grosso