Índios protestam em frente à delegacia e pedem justiça por morte de professor

Cerca de 50 índios da etnia Tapirapés realizaram na tarde desta terça (30) um protesto na porta da Delegacia de Confresa, contra a morte do professor indígena Daniel Cabitchana Tapirapé, de 37 anos, encontrado nesta segunda (29), na periferia da cidade. A manifestação foi pacífica e tinha como alvo os suspeitos pelo assassinato do índio, presos pela Polícia Civil.

O protesto percorreu a avenida Centro Oeste até a porta da delegacia, onde os indígenas se reuniram e realizaram um ritual empunhando bordunas e entoando canções da etnia. Os índios permaneceram no local por cerca de 30 minutos e cobraram justiça pelo assassinato do professor. A Polícia Militar acompanhou a manifestação à distância.

Daniel Cabitchana desapareceu no dia 16 depois de pernoitar na casa da sogra, na aldeia Urubu Branco, em Confresa. O professor saiu de casa, na aldeia Hawalora, em Santa Terezinha, para depositar R$ 4 mil em dinheiro em uma agência bancária na cidade e não foi mais visto e nem deu notícia aos familiares.

Desde o dia do desaparecimento, a Polícia Civil vinha investigando o caso e, nesta segunda (29), prendeu Romilson Ferreira da Silva, de 22 anos, e Fernando Nascimento Diniz, 18, e apreendeu o adolescente G.M., de 15 anos, que confessaram o crime.

Os suspeitos relataram que encontraram o indígena em um bar, na região central de Confresa, e tentaram roubá-lo, mas diante da reação da vítima, resolveram assassiná-los a pedradas. Embora o protesto tenha sido contra os suspeitos pelo assassinato, eles já não se encontravam mais na delegacia de Confresa. Os três foram encaminhados à cadeia pública de Porto Alegre do Norte. (FA/RDNews)

Foto: Olharalerta/Confresa