Polícia apura crime passional ou ordem de facção em execuções no Shopping Popular

O delgado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, revelou nesta quinta-feira, 28 de março, que está investigando a possibilidade de que a execução do empresário Gersino Rosa dos Santos, no Shopping Popular de Cuiabá, tenha motivação passional. Outra linha de investigação apura se o assassinato foi encomendado por uma facção criminosa, como já ocorreu em caso semelhante no passado.

O assassino confesso Silvio Júnior Peixoto, de 28 anos, chegou a Cuiabá nesta quinta e está colaborando com a Justiça. Ele confessou ter recebido R$ 10 mil para matar Gersino Rosa e explicou que o vendedor Cleyton Oliveira de Souza Paulino foi morto ‘por acidente’.

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“É uma das linhas de investigação, até porque como nós não sabemos essa segunda fase, quem mandou, qual foi o motivo… todas as linhas são possíveis”, disse.

O delegado também apura se a execução foi motivada por um possível envolvimento com facção criminosa, com contrabando de cigarros ou agiotagem. Em 2022, o empresário Josinaldo Ferreira Araújo, conhecido como Naldo do Tereré, foi morto no mesmo lugar por ordem do Comando Vermelho, por vender cigarros contrabandeados sem aval da facção.

A Polícia Civil avança para a segunda fase da investigação, que busca identificar os mandantes do crime e outros cúmplices. Nessa fase, a motivação do crime deve ser revelada.

Apesar de confessar o crime, o assassino não soube responder quanto à motivação. Ele apenas revelou que foi contratado por R$ 10 mil. Silvio também confessou que a morte de Cleyton não foi intencional, pois tinha apenas o empresário como alvo. Porém, ele afirmou que já sabia que se fizesse um disparo com a arma próximo da vítima, acabaria acertando outras pessoas.

“Ele tem um conhecimento de arma. Ele explicou o tipo de arma que foi entregue a ele. Ele tinha conhecimento que era uma 9mm. […] Não é um calibre impactante, mas sim transfixante. Então, ela [a pessoa] já sabe que se ela efetuar o disparo na nuca de alguém, num lugar com grande aglomeração de pessoas, esse disparo certamente vai transfixar e acertar um terceiro que não tem nada a ver”, explicou delegado.

Estadão Mato Grosso